segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A ESCRAVIDÃO NO BRASIL

As origens étnicas dos nossos imigrantes negros.
Diversas foram as famílias divididas, na sua plenitude, pelas Américas, durante o período colonial, variando das mais diversas cidades que hoje já não são citadas, na grande maioria das vezes por desconhecimento, Wolof, Kupo, Mandinga, Diolo, Peulh, Bambara, Sisola, Krobo, Asanti, Fanti, Basari, Kotocoli, Gá, Ewe, Mina, Mahii, Fon, Yorubá, Ketu, Tapa, Nupe, Ijesa, Ifé, Efan, Oyo, Ibadan, Ondo, Ekiti, Ikoi, Hausa, Fulani, Ibidio, Tev, Efik, Ijebu, Benin, Ilorin, Endembo, Mushii, Congo, Zulu, Cabinda, Benguela, Bantu, Monjolo, Soba, Masai, dentre outros, dando origem as diversas nações cultuadas atualmente através do Candomblé.
A organização social dos povos daquele continente, como podemos observar através dos filmes do período medieval, facilitava o tráfico visto que a escravidão era uma penalidade imposta aos mais diversos tipos de delinqüência e aos reis era legalmente permitido escravizarem súditos. Durante as guerras tribais, grande parte das aldeias vencidas eram levadas ao cativeiro e assim tornando-se mercadoria que possibilitava a negociação. Por força do ódio e de rivalidades, os traficantes aproveitavam-se do produto que era negociado nas Américas.
Trocavam-nos por qualquer tipo de produto, miçangas, tecidos, condimentos, aguardente, fumos e principalmente armas que serviam para o fortalecimento e a manutenção das guerras fratricidas. Não faltando ainda às intrigas intertribais fomentadas pelos interessados no material humano na busca de manter constantemente as guerras que ampliavam a quantidade do produto a ser comercializado.
Oriundos do Senegal, Gâmbia, Costa do Ouro Dahome, Guiné, Mina, Benin, Angola e outras feitorias anglo-portuguesas, desembarcavam em Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Olinda, e no Porto da Galinha, donde seguiam para as diversas regiões do país a fim de serem distribuídos nos diversos setores de trabalho, de acordo com o tipo físico, aptidões e grupos tribais.
A maioria dos escravos provenientes da África para o Brasil e outras colônias era do litoral, pois os mercadores não possuíam qualquer infra-estrutura para uma maior penetração no continente negro e nem o tempo o permitia. Os dois grandes grupos culturais de Negros africanos trazidos para o Brasil foram os Sudaneses - Yorubá, Dahomeano, Hausa, Minas e outros - e Bantos. Há, ainda, alguns pronunciamentos de historiadores que afirmam apenas os Congos, Cabindas, e Angolas, sendo citado como um grande erro antropológico e histórico.
(Extraído de Eduardo Fonseca Júnior, Zumbi dos Palmares - A história que não foi contada)

Um comentário:

Ilê Axé Nagô Kóbi disse...

Bom dia Professor Marcelo, por favor... poderia ir nos comentários e perguntar pela fonte do mito? obrigado.